terça-feira, 3 de maio de 2011

Trocando as Cordas

Olá pessoal no post passado falamos sobre as cordas, aproveitando o gancho que foi puxado, falaremos um pouco sobre a troca das mesmas, porque não adianta você escolher uma boa corda, se você não sabe  como trocá-la não é mesmo?

Quando você for trocar as cordas da sua guitarra tenha em mente o seguinte: as cordas esticadas aplicam um certo esforço no instrumento que forçam o braço a se curvar. Para compensar isso, existe uma barra de metal dentro do instrumento chamado TENSOR que permite que se ajuste a curvatura do braço para mais ou para menos. Esse tipo de ajuste é delicado e o ideal é que esse serviço seja feito por um Luthier especializado.


Por isso você deve evitar tirar todas as cordas do instrumento ao mesmo tempo. Se você fizer isso, a curvatura do braço vai se alterar, afetando a regulagem do instrumento.
Aí você pode estar imaginando: mas na hora que eu colocar as cordas de novo o braço volta para a sua curvatura anterior, certo? Infelizmente não funciona desse jeito. A guitarra é feita basicamente de madeira, que é um material bastante temperamental e pode ser afetado por diversos fatores diferentes, como temperatura e umidade por exemplo.

Se você ainda não ficou convencido faça esse teste: afine uma corda da guitarra e memorize bem o jeito que a tarraxa ficou posicionada. Agora, solte a corda dando umas três ou quatro voltas na tarraxa. Volte a apertar a corda de modo que a tarraxa fique na posição que você tinha memorizado e verifique a afinação da corda. Nove entre dez vezes a corda não vai estar afinada.

Evite ao máximo ficar variando de marca de encordoamento e de bitola. Procure escolher o tipo que mais lhe agrada, leve seu instrumento para uma regulagem em um Luthier de confiança e não mude mais de marca e modelo isso é bastante importante, com esse cuidado você pode economizar bastante com eventuais regulagens.

O ideal é que você faça a troca uma corda de cada vez e certifique-se que a corda esteja afinada corretamente antes de trocar a próxima.
Guitarras com ponte tipo Floyd Rose são problemáticas para trocar as cordas porque o sistema é flutuante. Isso quer dizer que a alavanca não tem um ponto de descanso como nas pontes tipo Fender onde a alavanca fica apoiada na madeira do instrumento quando não está sendo usada. As Floyd tanto podem ser apertadas como puxadas. Quando você solta uma corda, as outras cordas restantes tem que agüentar o esforço a mais gerado pelas molas da alavanca. Então você corre o risco de estourar uma corda durante a troca e dar prejuízo para o seu bolso.

Que levante a mão aquele que nunca aconteceu de estourar uma corda usando uma Floyd bem no meio de um solo!!! É praticamente impossível continuar tocando pois a afinação inteira é comprometida.

Bem voltando ao assunto, Nunca deixe muita corda enrolada nas tarraxas. Sempre estique a corda e deixe apenas uma pequena folga para poder dar pelo menos uma ou duas voltas na tarraxa até chegar à afinação. Se enrolar a corda demais nas tarraxas a tendência é perder afinação, a imagem abaixo ilustra o posicionamento correto da corda, é claro que as mais finas precisam de um pouco mais de voltas mas nada que ultrapasse umas 5 voltas no máximo.





Outra dica muito importante é sempre começar a substituição das cordas pela 1ª E (Mí aguda) e ir subindo corda a corda, eu sempre aconselho que depois de colocadas as cordas novas, faça uma ligeira pressão sobre elas contra o corpo da guitarra ou puxe-as para um perfeito ajuste nas tarrachas, é normal ter que afinar novamente pelo menos duas ou três vezes até que as cordas atingirem a perfeita estabilidade, bom, é isso pessoal, com essas dicas tenho certeza que a troca das cordas não será mais um problema certo? Ainda tem dúvidas? Pergunte a vontade, um grande abraço e até a próxima...

Qual o Encordoamento Certo

Olá pessoal, nesse tópico falaremos sobre as cordas do instrumento, seja um baixo, guitarra, violão ou outro instrumento de corda, são elas que vão determinar a qualidade do som, por isso a escolha certa pode ser o fator determinante para um bom desempenho de seu instrumento, a troca das cordas ao contrário do que se pensa, não tem um período certo para serem substituidas, afinal, se você utiliza seu instrumento diariamente suas cordas sofrerão um desgaste bem diferente de um músico que usam apenas nos fins de semana por exemplo, o que se deve fazer é ficar sempre atento aos primeiros sinais de ferrugem, são eles os grandes causadores de grandes problemas como o desgaste pré maturo dos trastes e assim por diante, se perceber que o "brilho" das cordas foi comprometido também é um sinal bem claro de que suas cordas precisam ser substituidas, uma dica importante é sempre fazer uma boa limpeza das cordas depois de tocar, com isso você pode aumentar e muito a vida util de suas cordas.  Uma dica bastante interessante que encontrei internet a fora e vale a pena ressaltar aqui é quanto a "medida" do encordoamento, veja só: "Pra braços finos, é mais cômodo usar cordas 0.9, enquanto que para guitarras tipo Gibson e Fender, pode-se usar tranqüilamente 0.10 ou  até 0.12. A diferença é que cordas mais grossas têm mais "sustain", mais brilho. Aliás, para quem for gravar uma demo ou um cd, aqui vai uma dica: usar encordoamento 0.10 ou 0.11 para base, o efeito é bem legal!! Por outro lado para guitarristas mais tecnicos, cordas 0.10 são um problema para técnicas de "ligadura" e "tapping", por exemplo."  A baixo segue uma tabela com algumas referências sobre encordoamentos...


Tipos de Cordas

   0.08= extremamente leve, são recomendáveis apenas a aqueles que não podem fazer muita força / esforço com os dedos. Nos anos 80, este tipo de encordoamento foi muito popular, pois era usado por guitarristas que tocavam heavy-metal, devido à facilidade de tocar rápido, mas que no fim acaba gerando um som de guitarra mais fraco e magrinho....

   0.09= possivelmente a mais vendida de todos os tipos. Som razoável, fácil de dar bends, mas também é fácil de quebrá-las...   

   0.10= em minha opinião, a melhor. O som vem na medida certa, possibilitando graves suficientes... Os bends ainda continuam fáceis, e a corda nova, de boa marca,  em uma guitarra bem regulada (ponte, braçø) dificilmente vai quebrar. Se você está procurando um som de guitarra mais cheio, gordo e encorpado, experimente a BLUE STEEL®  0.10/0.46, da empresa Dean-Markley®.

   0.11= pesada. Dificilmente vai conviver bem com uma guitarra com micro-afinação ( a ponte possivelmente vai ficar enclinada...). O som é muito bom, e você pode usar em Satratocasters ® e similares, e Les-Paul's , além de guitarras semi-acústicas para jazz e R&B.

   0.12= extremamente pesada, dura e difícil de dar bends. Dependendo do tipo de guitarra (japonesas e coreanas principalmente), pode-se até mesmo empenar (enclinar demasiadamente) o braço do instrumento, devido à tensão gerada. 0.12 podem conviver bem em uma guitarra com braço grosso, gordo de jazz, como a Gibson® ES- 175, mais cuidado com a tendinite....

   Você também deve prestar atenção no número que se  segue à estes acima. 0.09, 0.10, etc... correspondem a 1ª corda, a mais aguda (mizinha). Existem no mercado cordas híbridas, que misturam , por exemplo, 0.09 com 0.10, entre outras. As combinações mais populares em todo o mundo são:

   0.09  - 0.42
   0.09  - 0.46
   0.10  - 0.46
   0.10  - 0.52

   TÍPICA TABELA DE ESCOLHA:

   extra-little = 0.08 - 0.38
   little  = 0.09 - 0.42
   custom little = 0.09 - 0.46
   regular  = 0.10 - 0.46
   reg.-medium = 0.10 - 0.52
   medium = 0.11 - 0.52
   jazz hard = 0.12 - 0.56 

Bom, agora que você já sabe algo mais sobre o encordoamento correto para o seu tipo de instrumento é hora de botar a mão na massa, espero ter ajudado, gostou do post? Então comente... Até a próxima...