segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Captadores

Olá galerinha, hoje vamos falar um pouquinho sobre os captadores, são eles que têm a função de transformar as ondas mecânicas produzidas pelas cordas (o som), em ondas elétricas, são eles que definem o timbre inicial, e ainda levam tudo para o amplificador, para então chegar aos nossos ouvidos.. Existe uma grande quantidade de tipos e qualidades de captadores no mercado, eles são habitualmente classificados levando em conta suas características técnicas: Quanto à alimentação, dividem-se em captadores ativos e passivos; quanto ao número de bobinas, dividem-se em simples (single-coils), captadores (humbuckings) ou quádruplos (quad-rail); poder ser divididos ainda, quanto ao material magnético, em captadores cerâmicos e de alnico;

 

Como funciona um captador magnético?
Basicamente, o captador eletromagnético utilizado em guitarras e contrabaixos, é composto por dois elementos: o imã e uma bobina enrolada com fio de cobre. O imã induz magnetismo às cordas, criando um fluxo de campo magnético ao redor delas. Quando as cordas vibram, o movimento desse campo magnético cria dentro da bobina, uma corrente alternada que vai do captador até o amplificador, através do cabo de ligação. Desta forma, o som que você ouve é o resultado da interação do captador (interpretando a vibração das cordas) com o amplificador.

Qual a importância de se colocar um bom captador?
Cada componente de um instrumento musical exerce influência no timbre que o mesmo terá. O captador é responsável em boa parte, pela intensidade sonora e pelas qualidades do timbre. Daí é que surgem as insatisfações com o TIMBRE do seu instrumento. Mesmo equipado com uma boa guitarra, você pode estar descontente com a sonoridade do captador. Isso se dá porque na maioria  das vazes, as guitarras saem de fábrica com captadores que não expressam o gosto particular que cada um ter pelos timbres,  ou as vezes pode não ser o pickup compatível com o seu estilo musical. Trocar os captadores pode ser a uma boa solução.

Captadores passivos

Não necessitam de alimentação elétrica (fonte de energia elétrica) para funcionarem. Apresentam grande integração com os demais materiais da guitarra. Enorme variedade de timbres e qualidades. Em maioria são de alta impedância e captam interferências diversas com facilidade.
Os captadores são na verdade uma bobina, ou seja, consistem de magnetos enrolados por um fio (coil) criando assim o campo magnético que é perturbado pelas cordas de metal ao vibrarem em freqüências diferentes, tal perturbação
no campo magnético gera o impulso elétrico que mais tarde é convertido em som (onda mecânica).


Captadores ativos

Necessitam de alimentação para funcionarem. Integração reduzida com os materiais da guitarra. Sons uniformes, previsíveis e pequena variedade de timbres. Captam menor interferência por terem menor impedância.


Captadores cerâmicos

São feitos com material mais barato e são mais comuns no mercado.


Captadores de Alnico

São feitos com materiais mais caros e selecionados, sua qualidade normalmente é superior aos cerâmicos. Os imãs dos núcleos são feitos de uma liga de Alumínio, Niquel e Cobalto. Existem vários tipos de Alnico dependendo da percentagem dos componentes em sua mistura. O mais comum em captadores são os Alnico II e o V. Magnetos compostos de alnico tendem a soar mais vintage. São também comumente mais caros devido à matéria prima.


Captadores simples (single-coils)

São estruturados apenas com uma bobina. São mais sensíveis às interferências que causam ruídos. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais limpo, brilhante, estalado e estridente em comparação com os humbuckers. Um exemplo do uso de captadores single é o timbre das guitarras Fender.


Captadores duplos (humbuckings ou humbuckers)

São estruturados com duas bobinas em um só corpo. Normalmente as duas bobinas funcionam em polaridades inversas. Assim cada uma elimina parte do nível de ruído da outra. Essa interação também altera a resposta tonal do captador, o que lhe confere um som diferente daquele produzido por um captador single-coil. Em geral, o timbre resultante tende a ser mais cheio, vigoroso, macio e adocicado em comparação com os single-coils. Um exemplo do uso de captadores duplos é o timbre imortalizado pelas guitarras Gibson Les Paul.
Alguns captadores duplos apresentam a mesma aparência externa tradicional dos captadores simples, pois possuem as duas bobinas empilhadas, a exemplo dos modelos HS-2 e HS-3 da Dimarzio e a série Noiseless da Fender.


Captadores quad-rail

São estruturados com quatro bobinas em um só corpo.



Qual o melhor modelo de captador?

Bom, tanto os single-coil quanto os humbucker possuem suas peculiaridades. Eu diria que não há o “melhor”. Isso vai depender do som que você quer fazer, o tipo musical e as necessidades e desejos de cada músico é essencial no momento da escolha dos caps. Ambos os tipos de captadores podem vir com alta ou baixa qualidade. Notadamente, há uma Fender Stratocaster que tem um humbucker e dois single-coils. Além disso, há também uma Gibson Les Paul que tem um single-coil e um humbucker, resumindo... Ouça, pesquise, pergunte pois captadores de boa qualidade nem sempre são baratos, por isso a escolha certa fará toda a diferença tanto na hora de usar o instrumento quanto ao seu bolso...

Uma ótima opção que na minha opinião e que trazem os melhores resultados para seu instrumento são os caps handmades (feitos a mão), já vou aproveitar aqui para divulgar os produtos do meu amigo Érico Malagoli, são captadores e circuitos de ótima qualidade que eu testei, aprovei e assino em baixo... Veja alguns produtos em destaque no link abaixo:

http://www.captadorescombr.blogspot.com/

Bom galerinha, por hora é só, eu sei que dúvidas sempre surgem, então... Gostou do post? comente... Ainda tem dúvidas? Pergunte...
Um abraço e até a próxima...




sábado, 12 de novembro de 2011

Retificando os Trastes





Bom galerinha, dando seqüência ao nosso assunto, agora vamos falar da retifica dos trastes, vamos partir do principio de que você trocou eles e agora é hora de nivelar os danados.



1) Bom a primeira coisa a se fazer é isolar a escala, a fita crepe é a melhor aliada para esse tipo de trabalho, o isolamento consiste em cobrir as escalas com a fita deixando apenas os trastes sem serem cobertos, você também vai precisar de uma régua, eu, particularmente tenho uma bem bacana que comprei no Paraguay rsss, ela é feita em aço, bastante flexível e não entorta, e o mais legal disso tudo é que ela tem 40cm, as de 30 são pequenas demais e as de 1m muito grande, essa eu achei perfeita.



2) Posicione a régua em cima dos traste e vá observando as diferenças, em 99% dos casos uns ficam mais altos, outros mais baixos e é por esse motivo que temos que nivela-los, até hoje eu só fiz uma única troca de trastes que não necessitou de nivelamento, parece impossível, mas não é, agora tente imaginar a minha cara de felicidade ao conferir os trastes e ver que não precisavam de nivelamento?!?!?!




3) Usando aquele taquinho que usamos para lixar a escala lembra? Vamos usá-lo de novo, mas dessa vez em cima dos trastes, a lixa pode ser a 120 sem problemas, esses tipos de trabalho exigem muita paciência por ter que ser feito aos poucos, então, lixe, pare, confira com a régua... Lixe, pare, confira com a régua... lixe, pare conf.................. e assim por diante, até que todos fiquem da mesma altura. Para ter certeza de que estão nivelados, todos os trastes devem encostar na régua.




4) Encostou? Ficou belezinha? Conferido? Vamos para o acabamento, passe para a lixa 220, tire os riscos mais grossos e mude para a 400, por ultimo, use o velho e poderoso bombril, agora está quase pronto o nosso trabalho, alguns retoques finais e está pronto, retire toda a fita das escalas e monte o braço no instrumento, esse é um bom momento para polir o braço e hidratar a escala.






5) Agora é só colocar as cordas, novas de preferência, afinar e conferir se não ficou trastejando, caso isso aconteça (o que normalmente acontece) ajuste o tensor até corrigir o trastejamento.



Agora é só correr pro abraço, trastes novos, cordas novas, instrumento regulado, show de bola, por hoje é isso, espero ter dado uma boa clareada no assunto... Gostou do post? comente... Ainda tem dúvidas? pergunte... Um abraço e até a próxima.



sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Trocando os trastes






Olá galerinha, hoje vamos falar sobre como substituir os trastes que já estão “surradinhos” apresentando vários problemas e precisam urgente de manutenção.
É inevitável que os trastes se desgastem, o que se pode fazer é tomar alguns cuidados para aumentar o tempo de vida dos mesmos, cordas enferrujadas, suor, empenamento no braço, ponte desregulada tudo isso tende a desgastar os trastes em uma velocidade absurda, muitas vezes o problema não é só o desgaste, outros problemas comuns são os que se soltam da escala, se você é daqueles que costumam deixar o instrumento em lugares com temperaturas elevadas, como no do porta malas de carro por exemplo, a cola começa a perder a aderência e não só os trastes podem se soltar nessa situação mas se for um instrumento colado vai desencadear um problemão que em algumas vezes chega a ser irreversível. Quando os trastes começam a “pedir para serem trocados”, um dos primeiros sinais que eles apresentam é o trastejamento, aquele barulhinho irritante que a corda ao ser tocada indica que está pegando em alguma coisa, eu vou tentar colocar tudo passo a passo para melhor compreendimento.  

1) Bom. O primeiro passo é a retirada do nut : O nut é aquela peça de plástico, osso ou metal bem próximo ao headstock, inclusive tem um post aqui no blog que falamos só a respeito dele Com o braço preso na bancada, use um formão e um martelo de acrílico, agora, muito cuidado porque a intenção é desgruda-mos a peça da cavidade sem comprometer sua estrutura ou deformar a mesma. Como diz o ditado: “O seguro morreu de velho” então, se você não tem habilidades para  fazer um nut é bom ter um outro em mãos no caso de quebrar na hora da retirada.



2) Agora já podemos partir para a retirada dos trastes: Cada um tem seu jeitinho brasileiro para retirar, o meu conselho é que aqueça os mesmos para que a cola perca um pouco da aderência facilitando a retirada. Eu uso o ferro de passar roupas ou o ferro de soldas, mas uma coisa importante é: se optar por um ferro de passar roupas não vá usar aqueles com vapor rsss. Agora com o auxilio de um formão e um martelo posicione a lâmina no vão entre o próprio trastes e a escala começando sempre pelos lados cuidado na hora de bater, isso tem que ser feito muito levemente de modo a não danificar a escala, em certos casos não precisa nem do uso do martelo, uma simples pressão já é o suficiente para que ele comece a se soltar. 




3) Assim que conseguir um espaço suficiente use um alicate turquesa (ou torquês), para soltá-lo gradualmente até que se desprenda completamente da escala. Os trastes possuem travas,  por isso é muito importante que você aqueça os trastes para soltá-lo da escala, isso vai ajudar a não lascar a madeira. 




Agora é hora de dar aquele capricho na escala. O primeiro passo é usar uma régua para ver se o braço está retinho, se estiver com alguma curvatura ajuste primeiro o tensor para depois começar a trabalhar a escala, se você ainda tem duvidas em como ajustar o tensor aqui no blog eu fiz um post dando uma pincelada no assunto. Depois do tensor conferido vamos dar uma renovada na escala e para isso use um taquinho de madeira com uma lixa 120, não precisa de muita força, esse processo vai depender do estado em que se encontra a sua escala, se você não faz uma hidratação continua é evidente que ela apresentará desgastes (cavas) em alguns pontos, a intenção da lixa é corrigir isso e claro, tirar aquele “grude” de suor com poeira que vai calacrando com o tempo. 


  

4) Observe que a escala possui uma certa curvatura, por isso, o ideal é que você tenha um taquinho com esse mesmo raio, eu fabriquei um recentemente usando uns pedaços de madeira e uma placa de PVC, ficou ótimo e com um custo bem baixo pois esses materiais são caros e difíceis de encontrar. Ao terminar o processo da retifica da “escala” normalmente as cavidades dos trastes ficam mais rasas, antes de começar a colocar os trastes novos é preciso fazer essa verificação. Na maioria dos casos é preciso aumentar a profundidade, aí começa um grande problema para quem não tem as ferramentas certas. Isso deve ser feito com um serrote específico de 0,06mm de espessura, se usar uma serra normal os trastes não terão a pressão necessária e ficarão frouxos podendo até se soltar dos slots. Aos poucos vá serrando e medindo para não aprofundar de mais.



 
5) Feito isso é hora de passar para os trastes, existem no mercado várias opções disponíveis, você pode tanto compra trastes em rolo como cortados, todos tem suas vantagens e desvantagens então é importante ver qual é a melhor opção pois cada caso é um caso.



 
6) Trastes cortados, organizados, conferidos agora é hora de começar a parte mais delicada do trabalho, existem no mercado ferramentas especificas para esse tipo de trabalho, eu vou partir do principio de que você não tenha uma dessas em casa, por isso vamos usar o martelo, lembra aquele de acrílico? Se você não conseguir encontrar um desses para comprar, uma boa opção é o de borracha encontrada facilmente em lojas de materiais para construção, lembrando que isso é só no caso de você não conseguir o material apropriado.




7) Nunca, jamais, em hipótese alguma comece colocando os trastes pelo meio mas sim pelos cantos, encaixe ele no slot pelo canto e venha martelando levemente até o outro lado, é muito importante ir observando se os trastes estão ficando bem encostados na escala, não pode ficar ressaltos.






8) Usando o alicate turquesa corte as sobras dos trastes próximos à escala, cuidado para não “morder” a escala junto pra não deixar a escala com um aspecto feio. Se sua escala for sem o friso lateral, é bom usar um pingo de super bonder nos vãozinhos dos trastes pela lateral da escala, isso só é necessário se elas não entrarem bem justinhas na escala.




9) Bom, agora nós teremos que nivelar as laterais dos trastes, com o auxilio de uma lima levemente inclinada, vá limando as laterais dos trastes, não tente fazer um por um para não estragar a escala, os movimentos devem ser no mesmo ângulo e em toda a extensão do braço. Depois de feito os dois lados é hora de partir para o acabamento, usando lixas 220 para tirar o mais grosso e depois passe para a 400 até sentir que não tem nenhum traste “enroscando”, se ficar rebarbas pode até machucar o músico.




Galerinha por hora é isso aí, até aqui falamos na troca dos trastes, é bastante comum depois de se colocar trastes novos ter que nivelar os mesmos, mas esse assunto trataremos no próximo post ok? Gostou do post? Comente... Ainda tem dúvidas? Pergunte... Um abraço e até a próxima...

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Capacitores


E ae galerinha, nesse post vamos falar um pouco sobre os capacitores, muitas vezes passam despercebidos, mas fazem uma grande diferença quando usados de maneira correta, a partir do momento em que começamos a compreender o funcionamento do instrumento passamos também a ter uma percepção muito maior quanto a tonalidade dos mesmos, a grosso modo, quando olhamos para um capacitor ligado ao potenciômetro de tonalidade, concluímos que eles são apenas para diminuir a passagem dos agudos, ou seja: quanto maior o seu valor, maior a diminuição dos agudos. Pois bem, apenas isso já bastaria se não existissem aqueles que como eu, adoram explorar as diversas possibilidades de timbres disponíveis a um capacitor de distancia, e quando desejamos maior domínio sobre o timbre, somos obrigados a conhecê-lo mais profundamente.

Bom, partindo do principio em que ele é basicamente um filtro de agudos, observe que ele recebe o sinal da cap de um lado e ligado ao terra no outro, sendo assim ele descarta para o terra apenas as freqüências mais altas, e como dito antes, quanto maior o seu valor, maior a diminuição dos agudos. 



O potenciômetro de tonalidade tem a função de controlar o quanto do sinal vai para o capacitor. Quando usado no máximo, ele não envia nada, e claro, o capacitor não filtrará nada, se usado no mínimo, ele envia 100% do sinal e o capacitor desvia para o terra, descartando o sinal que vai para o jack de saída todos os agudos, isso é claro, a partir do seu ponto de corte. O restante (levando em conta o ponto de corte) permanecem intactas e seguem seu caminho pelo cabo até o amp.

O pot do volume, tem uma ação bem parecida com o de tonalidade, e também desvia (descarta) o sinal na medida em que vai diminuindo, a essa altura fica bem claro que o aterramento de um instrumento não serve unicamente para diminuir os ruídos normalmente gerados pelos caps, mas também servem para o desvio de freqüências dos sinais dos caps que são filtrados pelo conjunto de pot e capacitor.
Se você é como eu que aproveita tudo o que for possível e tem um trilhão de peças sobressalentes em casa, aqui vai uma dica importante de como medir um capacitor para ver se ele está em perfeitas condições de uso.


MEDINDO UM CAPACITOR COM UM MULTÍMETRO ANALÓGICO: 





- Coloque o multímetro na escala de resistência.
- Encostar uma ponta de prova em cada terminal do capacitor.
- Observe a movimentação do ponteiro do multímetro (não precisa marcar o valor).
- Caso o ponteiro suba e desça o capacitor estará bom, ou seja, o ponteiro subiu pois estava circulando uma corrente para carregar o capacitor, terminada a carga acaba a corrente e o ponteiro volta para a posição inicial, o infinito. Quanto maior o valor do capacitor maior será o tempo que o ponteiro levará para subir e descer.
- Se o ponteiro subir e ficar parado em alguma posição entre zero e
o infinito (mesmo que comece a descer e pare) o capacitor estará com fuga, ou seja, uma corrente contínua está circulando através dele e isto já é sinal que este capacitor não está bom.
- Se o ponteiro for direto para o zero o capacitor estará em curto. Também não está bom. Neste caso toda a corrente fornecida pelas pilhas do multímetro atravessará o capacitor, ele não oferece nenhuma resistência, e por isto o ponteiro vai para o zero.
- Se o ponteiro não se mover o capacitor estará aberto, sem capacitância, e não estará bom. Neste caso o capacitor nem chegou a se carregar e é por isto que o ponteiro nem se moveu. Ficou na posição indicada por infinito.



Para medir capacitores acima de 10000 uF use a escala X1.
Para medir capacitores entre 1000 uF a 10000 uF use as escalas X1 ou X10.
Para medir capacitores entre 100 uF a 1000 uF use as escalas X10 ou X100.
Para medir capacitores entre 10 uF e 100 uF use as escalas X100 ou X1K.
Para medir capacitores entre 1 uF e 10 uF use as escalas X1K ou X10K.
Para medir capacitores entre 100 nF e 1 uF use as escalas de 1K ou 10K ou 100K.
Para medir capacitores entre 1nF e 100 nF use a escala de 100K.
Para medir capacitores abaixo de 1 nF use a escala de 100K mas a leitura será difícil e, consequentemente, o teste não terá precisão.

Com este teste eu consigo saber o valor do capacitor e saber se este valor não está alterado?
Com este teste não dá para saber o valor do capacitor, mas apenas se ele não está aberto, com fuga ou em curto. Para saber o valor exato é necessário o uso de um capacímetro. O que podemos fazer é pegar um capacitor, que sabemos que está bom e seja do mesmo valor do capacitor testado, e comparar a leitura no multímetro deste capacitor com o capacitor a ser testado, para isto memorize as posições em que o ponteiro para na medição de um e do outro. Se der muita diferença entre estas posições provavelmente o capacitor em teste terá alguma alteração.
Embora as escalas de medição de resistência de um multímetro possam apresentar alguma diferença entre a máxima resistência que pode ser medida, pois a máxima resistência a ser medida depende, além do fator de multiplicação (X1, X10, etc) do fundo de escala indicado no galvanômetro, as escalas acima servem como uma boa referência para o teste de capacitores.
Observações:
Alguns capacitores eletrolíticos, geralmente os com alta tensão de isolação, costumam apresentar uma certa corrente de fuga, sendo assim pode ser que em determinadas escalas o ponteiro suba e, ao descer, pare próximo ao infinito. Se isto acontecer diminua a escala de multiplicação e veja se o ponteiro chega ao infinito, caso isto aconteça o capacitor estará bom.
Todos estes testes foram desenvolvidos com o auxílio da prática e embora possam variar um pouco de multímetro para multímetro, sempre serviram para testar capacitores.
Não encoste as mãos nas partes metálicas das pontas de prova, nem nos terminais dos capacitores, pois isto alterará as medições e testes.


Bom, sabemos que existem vários tipos de capacitores, de estrutura e materiais distintos, mas todos basicamente com a mesma função. Para guitarras, os capacitores mais comumente usados são os cerâmicos e os poliésteres.



A maioria das guitarras chinesas tem capacitores de Poliéster e várias Gibson atuais usam capacitores Cerâmicos. As Fenders variam entre capacitores de poliéster e cerâmicos. O importante é que existe um para cada tipo de gosto.
Aí vem aquela perguntinha básica: E qual capacitor eu devo usar em meu instrumento? A resposta nem sempre é tão simples, isso vai depender do tipo de cap que você usa e lógico, principalmente do seu gosto pois captadores single coil do tipo Fender geralmente são mais agudos, Já os Humbuckers, nem tanto, nada como testes e mais testes pois, nem todos os gostos são iguais, uma idéia bem bacana que encontrei net a fora é a de conectar dois “jacarés” na posição correta dos capacitores e ir testando, olhe só o exemplo na figura abaixo...


É meio doido mas tenho que admitir... funciona... e isso é o mais importante.
Bom galerinha, por hora é só, eu sei que dúvidas sempre surgem, então... Gostou do post? comente... Ainda tem dúvidas? Pergunte...
Um abraço e até a próxima...










sábado, 8 de outubro de 2011

Potenciômetros Parte 2



Bom galerinha, dando continuidade em nosso tópico sobre potenciômetros agora vamos falar o funcionamento dos mesmos, já vimos toda a estrutura dele agora é hora entende-lo melhor.

  Para começarmos entender como ele é ligado vamos imaginar ele visto pelo lado da carcaça, com o eixo para baixo, o extremo direito é o pólo mínimo, o esquerdo o máximo e o central normalmente é a saída, isso se levar-mos em consideração o funcionamento do volume onde o pino da direita deve ser aterrado para interromper o sinal dos captadores e funcionar como um filtro, quanto mais o contato do deslizante se aproxima do pólo interrompido, menor o volume até zerar completamente. O cabo que traz o sinal, geralmente é ligado à chave seletora dos captadores, e por sua vez é conectado nos pólo esquerdo e no central, o cabo de saída, posteriormente pode ser conectado ao potenciômetro de tonalidade ou a saída (Jack) dependendo do seu projeto. Os cabos de aterramento dos captadores devem ser soldados à carcaça dos potenciômetros para que os mesmos funcionem, esses aterramentos por sua vez devem ser ligados ao pólo negativo do jack (se tiver dúvidas sobre aterramento, de uma olhada no tópico sobre “ruídos no instrumento”),  afinal essa interrupção em que falamos anteriormente é justamente o contato entre os pólos positivo e negativo dos captadores. 



Os potenciômetros de tonalidade funcionam da mesma forma, a única diferença é que eles não interrompem o sinal, mas fazem a filtram com a ajuda de um componente chamado capacitor, trata-se desse componentezinho “besta” aí na foto abaixo.




Os capacitores mais comuns a serem usados nos projetos de instrumentos são os de poliéster e os cerâmicos, mas não são os únicos, existem vários tipos e valores diferentes, normalmente são usados os de 0.047 milifares para captadores do tipo humbuckers, e de 0.022 milifares para captadores tipo single coil. Criarei um post falando apenas sobre eles futuramente. Eles basicamente são como portas de passagem de sinal, se o sinal vai se aproximando do filtro na resistência do potenciômetro, as freqüências a partir destes valores são gradativamente cortadas do sinal na saída. Existem pelo menos duas formas de ligação dos cabos no potenciômetro de tonalidade, uma delas é usando um cabo que vem do sinal do pólo esquerdo do volume para o pólo direito da tonalidade, vale lembrar que capacitores não tem lado ou seja, não tem perigo de ser confundido positivo com negativo, sabendo disso uma das “perninhas” do capacitor é soldada no pólo central e a outra no terra,da mesma forma que o volume, o contato do terra do cap deve estar soldado à carcaça do potenciômetro, portanto, solde um cabo da carcaça do volume para o da tonalidade, nesse caso o pólo esquerdo fica vazio.

A outra forma de ligar à tonalidade é ligar uma das pernas do capacitor no pólo esquerdo do volume (sinal de entrada) e a outra no pólo central da tonalidade, lembrando de interromper um dos pólos da tonalidade para que funcione, pois a interrupção anula o efeito do capacitor, mantendo as freqüências, e o pólo vazio gera o efeito, solde também um terra do volume para a tonalidade.


Os valores dos potenciômetros para os captadores tipo single coil geralmente são os de 250 k e os captadores tipo humbuckers usam os de 500 k, essa diferença dá-se ao fato de que os captadores single coil são mais extensos em termos de faixa de freqüência respondendo mais graves médios e agudos. Em contrapartida os humbuckers limitam algumas freqüências agudas onde o humming se encontra, isso diminui e muito o ruído, e por serem bobinas dupla, são bem mais potentes por isso o uso dos pots de 500 k são mais aconselhados, porque eles equilibram mais o funcionamento dos caps. Um humbucker usando um potenciômetro de 250 k por exemplo, pode deixar o som dos caps com menos definição, já os singles funcionam bem tanto com os de 250 k quanto com os de 500 k, embora respondam melhor com os de 250 k.


Para o volume, os potenciômetros que costumo indicar são os logarítmico, que são apresentados por A250k ou A500k, já os de tonalidade vão depender do tipo do captador, pode ser logarítmico ou linear, o linear se apresenta com B250k ou B500k.

Para que você possa entender melhor o que é logarítmico e linear e suas diferenças basta partir do seguinte princípio:

A - logarítmico - usa-se mais para volume porque o ouvido humano não reconhece uma mudança linear do mesmo, se dividir o botão de volume por posições para ir do 2 ao 3 será preciso um aumento da pressão sonora cerca de 10 vezes superior à necessária para ir do 1 ao 2 e assim sucessivamente. Usando um potenciômetro linear o som seria muito baixo até cerca de meio do pot seguido de um aumento brusco a partir daí.

B - linear - usa-se mais para tone, balance, etc. porque aí é onde se encontram a mistura de sinais levando em conta que queremos que a posição a meio potenciômetro corresponda realmente a metade do sinal.


Um problema freqüente.

Meu potenciômetro está “chiando” quando aumento ou diminuo o/a volume/tonalidade.

É normal que com o tempo, mesmo que o instrumento permaneça dentro do case, os potenciômetros acumulam impurezas como poeira por exemplo. Logo, uma vez sujo é normal que ocasione barulhos desagradáveis. As vezes uma simples limpeza costuma resolver o problema. Para isso, utilize uma seringa com álcool isopropílico ou benzina. Isso remove as impurezas. Eu não aconselho o uso de óleos ou anti-ferrugens para lubrificação. Em alguns casos, a limpeza não é suficiente, e o potenciômetro deve ser trocado.


Bom galerinha, por hoje é isso, espero ter ajudado a entender melhor o funcionamento dos potenciômetros, gostou do post? Comente... Ainda tem dúvidas?... Pergunte...

Um abraço e até a próxima...




sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Potenciômetros Parte 1




Olá Galerinha, nesse tópico falaremos um pouco sobre os potenciômetros, quando queremos dar aquela otimizada em nosso instrumento sempre surgem duvidas quanto ao potenciômetro a ser usado, e agora? Uso 250k ou 500k? Qual o tipo certo para meu instrumento? Escolhi o 250k mas tem vários tipos diferente eu uso o A250K ou uso o B250k? Às vezes, depois da troca vem aquela sensação que parece não ser aquilo que a gente esperava, isso muitas vezes acontece por falta de conhecimento ou informação sobre o tema abordado, por ser um assunto bem extenso, vamos dividi-lo em duas partes: O que é e como funciona, nada melhor do que conhecer por completo a peça a ser usada não é mesmo? Vou procurar ser o mais claro possível para tentar esclarecer as muitas dúvidas que assombram a gente quanto aos potenciômetros ok?  

Partindo do princípio, o que é um potenciômetro?

São eles que controlam todo nosso equipamento musical, e muitas vezes nos frustramos por suas limitações. Todos eles funcionam da mesma maneira, um contato deslizante ao longo de uma faixa ou bobina de material resistente.  Vamos “fuçar” um pouco abrindo um para entender melhor o seu funcionamento.
A figura a seguir é representa um potenciômetro Alpha linear de 10K de 25mm de diâmetro. 





Agora vamos abri-lo, você usando uma chave de fenda, basta levantar as travas laterais para chegar-mos ao interior dele .... 




Depois de todas as travas dobradas para cima, basta levantar o eixo, para soltar a carcaça como na figura a baixo.



 
A grosso modo, as coisas divertidas parecem ser inacessíveis sob essa capa de plástico preto.  Na verdade, essa parte executa algumas funções muito úteis, como o de manter o limitador no local, e também interage com a parada sobre o caso para definir os limites de rotação mecânica.  Se você remover o guia do disco de plástico e remontar o potenciômetro ele vai rodar livremente 360 ​​graus.  Aqui está uma visão um pouco melhor do conjunto do eixo/limitador.






Olhando de perto, você pode ver que o eixo é responsável por manter o disco de plástico exercendo a pressão necessária no lugar exato.  Potenciômetro baratos muitas vezes não pode ser removidos e remontados com sucesso,  Em contrapartida muitos podem ser desmontados e remontados que com um pouquinho de dedicação e muuuuita paciência, voltarão a funcionar perfeitamente.  Na foto seguinte, o disco de plástico e os limpadores de metal foram removidos. Com isso dá para se ver o condutor com clareza. 





O limitador é apenas uma ponte de deslizamento do anel de metalização centro para o anel externo resistiva.  O contato para a metalização é bastante confiável, mas o contato com o anel de resistência pode ser intermitente, de forma a conexão com o anel externo é feito por três contatos em paralelo, como mostrado pelas três faixas
Bom, resumindo, é assim que é um potenciômetro, agora, como dito antes, dividiremos o tópico em duas partes, no próximo vamos ver como ele funciona, sempre surgem dúvidas então: Gostou do post? Comente... Ainda tem dúvidas? Pergunte... um grande abraço e até o próximo post...

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Construindo um Case



Olá galerinha, tudo tranquilo? Essa semana fui surpreendido por um cliente que me encomendou um case para a guitarra dele, digo surpreendido porque não é de costume esse tipo de encomenda, normalmente se consegue cases industrializados com um preço bem acessivel e muitas veses de boa qualidade, mas tudo para satisfação do cliente é claro, encomenda feita, agora é hora de colocar a mão na massa, para o projeto eu comprei uma chapa de MDF 9mm para não ficar muito pesado, dois fechos, duas dobradiças e duas roldanas (rodinhas) e uma alça de exelente qualidade encontradas com facilidade com o meu distribuidor, o projeto foi o da foto usada o topo desse post, para o revestimento usei o corvim preto com um desenho bem bacana.



O aluminio das laterais eu não me arrisquei a cortar, então levei para um tio meu que é vidraceiro e mexe com aluminio o tempo todo, tem muuuuuito mais experiência que eu em alumínio e acredite, a experiência é tudo nesse processo pois as meia esquadrilhas sem as ferramentas certas jamais ficariam perfeitas.



Para garantir a segurança entre os transportes do case, depois de modelado ao instrumento na parte interna, eu usei a espuma lisa revestida em veludo vermelho, cola a vontade, mas muita cola mesmo, para ficar perfeito e seguro cola e parafusos são indispensáveis.



Os velcros ao invés de serem colados eu costurei os mesmos para dar melhor sustentação, depois de tudo prontinho agora é só deixar secar, o camarada já queria leva-lo embora ontem a noite quando viu que estava pronto rsssss, mas dei uma "embromadinha" no cliente e será entregue só no fim de semana, para encrementar esse post abaixo seguem dois vídeos que encontrei na net que explica bem os processos passo a passo, me ajudou bastante e sei que vai te ajudar bastante...





Bom galerinha, por hoje é isso, gostou do post? Comente... Ainda tem dúvidas? Pergunte...
Um abraço e até a próxima...

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Coisas que você NÃO deve fazer com seu instrumento.


Olá pessoal, depois de alguns dias de ausência por problemas de saúde estamos aí de volta a todo vapor com dicas quentinhas para vocês, dentre elas o que você NÂO de fazer com seu instrumento.
Algumas pessoas não tem muita noção do que fazer quando algum acidente acontece com seu instrumento, principalmente quando o assunto é colagem de algumas partes como o cavalete ou algum tipo de descolamento do tampo no caso dos instrumentos acústicos. Quando os problemas surgem, é normal que no desespero a primeira intenção é concertar mesmo que não se tenha a mínima noção do que se está fazendo ao invés de levarem ao luthier, e aí que começam os problemas.
As dicas abaixo são baseadas em vários casos de instrumentos que chegaram aqui na oficina, e essas dicas são para evitar que seu instrumento sofra um dano desnecessário causado por você mesmo.


Jamais, em ipótese alguma use  “super bonder” para colar qualquer parte da madeira do seu instrumento, esse tipo de cola não penetra nos poros da madeira e cria uma película dura, que impede que outra cola penetre, além de não colar, prejudica o serviço correto, portanto não use esse tipo de cola, e na verdade não use nenhum outro tipo se você não entende do assunto, na maioria das vezes você só vai prejudicar o trabalho do luthier, e ainda fará com que o serviço fique mais caro, colagens muitas vezes dependem mais da maneira que se faz a prensagem e da preparação da madeira,  do que propriamente da cola.


Evite colar adesivos em seu instrumento se ele tem o aspecto natural da madeira, a não ser que você queira esconder algum defeito, os adesivos depois de algum tempo que o retiramos, deixam a madeira no lugar em que estavam, de outra cor, isso acontece porque a luminosidade do dia a dia acaba fazendo um processo de escurecimento da madeira, colocando o adesivo, a madeira que esta embaixo dele, não recebe a mesma claridade que as outras partes, então ela fica mais clara, e marca o instrumento profundamente, deixando um aspecto feio.

Não coloque o instrumento perto de fontes de calor, o calor é responsável por fazer a cola usada no instrumento se soltar, não deixe o instrumento em cima de guarda roupas, ou dentro de automóveis, o calor dentro de um carro é exagerado, o que vai fatalmente fazer seu instrumento soltar partes como o cavalete, ou sofrer um empeno.

Evite mexer na parte elétrica do seu instrumento sem o conhecimento necessário do que você está fazendo, provavelmente você só agravará ainda mais o problema que quer solucionar, procure um luthier de sua confiança e peça um orçamento, muitas vezes um circuito para de funcionar apenas porque o fio que do jack quebrou, ou algum fio do próprio cabo que conecta a caixa a guitarra, quando você abre um circuito sem entender pode puxar os fios internos finíssimos dos captadores e quebra-los sem perceber, e aí sim você terá um grave problema.



Não tente trocar os trastes sozinho, para retirar e colocar trastes existem técnicas especiais, você vai acabar abrindo demais os slots traste, com tentativas frustradas, isso é um serviço para profissionais, uma troca mal feita no meio da escala por exemplo, pode fazer deixar de soar um monte de notas anteriores, você pode cortar seus dedos nas arestas afiadas de um traste mal colocado.


Não coloque parafusos no cavalete do seu instrumento, a oxidação nos parafusos, acaba ajudando na proliferação de um fungo malígno para a cola do instrumento, em pouco tempo não só seu cavalete vai soltar novamente, como todas as partes do instrumento também, em alguns casos graves de ataque desses fungos, o instrumento simplesmente desmonta.

Não tente pintar com tinta vinílica seu instrumento, tinta abafa o som, e dependendo da tinta ela vai penetrar e empenar seu instrumento. É necessário uma preparação da madeira para dar a tinta, dar a tinta na madeira sem preparação é pedir para ficar sem instrumento.
Não  fique mexendo nas tarraxas sem necessidade, desafinar o instrumento após tocar é um mito, a madeira do braço precisa estabilizar com a tensão das cordas, se você desafinar o instrumento todos os dias, a madeira nunca vai se estabilizar e você sempre terá um instrumento com a afinação comprometida. Desafinar o instrumento só vale para quando você for ficar sem tocar um período grande, de três meses ou mais.


Não force tarraxas com alicate, provavelmente elas irão quebrar, quando as tarraxas começam a emperrar, você pode retirá-las e pingar uma gota de parafina nas engrenagens, graxa também serve, mas pode manchar o instrumento. Se as tarraxas são de pino grosso, você pode passar um pouco de sabão na parte plástica que pega na madeira, isso fará com que ela deslize melhor, no caso de tarraxas blindadas procure usar o WD40, você terá resultados surpreendentes.


Se mesmo depois destas dicas você resolver mexer em seu instrumento, se informe bem antes, estude um pouco, busque por posts aqui no blog ou use o email ou os comentários para perguntar, e só depois de sanadas todas a dúvidas, aí sim é hora de botar a mão na massa, isso pode evitar problemas graves e em muitos casos até irreversíveis ok?

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sábado, 20 de agosto de 2011

Altura dos Captadores

Olá pessoal, sempre me perguntam qual a distancia ideal dos captadores em relação as cordas, é muito comum, principalmente, em guitarras modelo strato, que utilizam captadores single coils aproximar os captadores das cordas para conseguir mais volume e sustentação de som. Ao aproximar os captadores das cordas, os captadores atuam com mais intensidade, agora, é importante saber que se você aproximar de mais os captadores/cordas, o instrumento tende a perder a versatilidade da afinação.

Os captadores são bobinas eletromagnéticas, uma vez tocadas, as cordas geram vibrações que são captadas por eles e levados até o amplificador. Como as cordas na maioria dos casos são de metal, se aproximar de mais aos ímãs dos singles ou dos humbuckers, geram uma atração sobre o metal das cordas interferindo no padrão das mesmas, fazendo com que a afinação seja afetada.
Por outro lado, se os pólos ficarem muito longe das cordas a perda de sinal é inevitável, o que por sua vez também gera problemas no desempenho do instrumento, é muito importante que se você tenha segurança na hora de regular os captadores, eu aconselho sempre consultar um luthier de sua confiança.
A regulagem consiste no seguinte:


1. APERTANDO
Apertando o parafuso você estará aproximando o captador das cordas.
2. AFROUXANDO
Afrouxando o parafuso, você afasta o captador das cordas e terá uma perca no som em relação ao ganho desde distorção, como no volume.
O captador nunca pode ficar menos de três milímetros das cordas, assim você terá sem duvida nenhuma problemas sérios na afinação. O mais próximo seria no máximo três a quatro milímetros. Em contra partida o mais distante que fica funcional é de no máximo seis milímetros. Acima disso sem duvida nenhuma, a versatilidade do seu instrumento será afetada.
Leve o instrumento periodicamente a um luthier de sua confiança para que possa sempre manter seu instrumento em bom estado, prevenindo assim problemas futuros. Ainda tem dúvidas? Pergunte... Gostou do post? Então comente...

Um abraço e até a próxima...

terça-feira, 19 de julho de 2011

Ruidos no Instrumento



Olá pessoal, andei um pouco sumido, bastante atarefado, Graças a Deus, e hoje quero falar um pouquinho sobre ruido no instrumento, o primeiro passo é identificar a origem desse ruido, pode ser desde o aterramento do instrumento, amp ou até mesmo na rede elétrica, nesse tópico vamos supor que o ruído venha da parte elétrica da guitarra (ou baixo), a identificação foi feita através do próprio instrumento, a maioria dos circuitos é aterrada e usam o corpo do musico para minimizar os ruídos, por isso quando você tira a mão das cordas acontece de aparecer o "hum". Blindagem pode minimizar os ruídos, porém nada se compara com captadores e circuitos de boa qualidade. A parte elétrica do instrumento deve estar com a fiação em ordem, sem oxidação, agora, é muito importante que do instrumento até o amp o cabo de sinal também precisa ser de ótima qualidade. Mas vamos falar um pouquinho sobre blindagem:

Blindagem é um serviço delicado e que deve ser executado por quem sabe e tem experiência no assunto, não adianta gastar tempo e dinheiro e se aventurar, o ideal é sempre procurar um luthier de sua confiança para executar o serviço.

Vamos por partes:

1) BLINDAGEM DAS CAVIDADES: É a blindagem da cavidade onde se encontra a parte elétrica do instrumento, podendo ser extensiva às cavidades dos captadores conforme o caso. Esta blindagem pode ser feita com:

a) Tinta condutiva - consiste num spray de tinta borrifado nas cavidades do instrumento. Funciona por alguns instantes até secar e após algum tempo se torna um resistor, o que pode trazer muitos problemas posteriores ao instrumento como curtos e até mesmo ruídos. Alguns instrumentos vêm com esse tipo de blindagem de fábrica mas ele não é muito eficaz.

 

b) Folha de cobre - É possivelmente o tipo de blindagem mais eficaz, consistindo na forração das cavidades com uma lâmina de cobre que diminui bastante a captação dos ruídos oriundos da parte elétrica. O contra é que com o tempo tende a enferrujar.

c) Folha de alumínio auto-adesivo - Tem eficácia similar à da folha de cobre com a diferença que este material tem um lado adesivo que se prende à cavidade.


NOTA: Alguns desinformados utilizam folhas de papel-alumínio normalmente usadas para embrulhar comida para fazer blindagem. Evidentemente esse serviço de nada adianta e ainda pode causar danos ao instrumento.

d) Também tem a "Medida Alternativa", dá para fazer uma "tinta" condutiva, basta um metal em pó (alumínio) e um veículo (verniz). Use uma lima ou serra manual para tirar pequenas partículas de uma peça de alumínio. Não use esmeril elétrico, a velocidade é muito alta e o calor gerado pelo atrito queima o pó. Você também pode usar grafite em pó, à venda em lojas de ferragens. Misture o pó (metal ou grafite) com verniz aos poucos e quando precisar, acrescente o solvente. A quantidade de cada material vai depender da densidade do verniz e tamanho das partículas de alumínio, terá de fazer experiências. Se o veículo (verniz diluído) ficar muito grosso ou muito fino, as propriedades condutivas da "tinta" serão prejudicadas. Mas quanto mais fino o pó, melhor. Depois de aplicada e seca a tinta, lixe um pouco os pontos onde as peças metálicas do instrumento (potenciômetros, chaves, jack) fazem contato com ela, para garantir um bom contato.


2) BLINDAGEM DO FIO DO CAPTADOR: É a blindagem do fio do captador por onde passa uma corrente elétrica e que visa reforçar o isolamento desta. Pode ser feita com:

a) Malha metálica - Consiste numa malha metálica que envolve o(s) fio(s) do captador. Geralmente vem de fábrica e dificilmente algum luthier fará esse serviço.

b) Teflon Monster Cable ou similar - Consiste num fio de Teflon que envolve o(s) fio(s) do captador. Também vem de fábrica em alguns captadores (não confundir com envoltórios de pano ou borracha), assim como é de mais fácil aplicação por um luthier quando necessário, mas a qualidade do Teflon é de suma importância.

NOTA: Fita isolante nem pensar!    


3) BLINDAGEM DA BASE DO CAPTADOR: É a blindagem da base do captador, a qual diminui a captação do campo magnético na parte inferior do captador, por onde seria captado o ruído ou "hum" oriundo das correntes elétricas do instrumento. Pode ser feito utilizando-se:

a) Palha de aço - Por mais tosco que possa parecer a colocação de uma coluna de palha de aço ao longo da parte inferior dos pólos expostos do captador é bastante eficaz.

b) Folha de cobre - Funciona da mesma maneira que a palha de aço mas o acabamento é bastante superior. Alguns captadores vêm de fábrica com uma blindagem interna feita com folha de cobre.

O sistema de blindagem ajuda, mas deve ser acompanhada de uma revisão completa na instalação. Se for necessário, substituia toda a fiação, refazendo do jeito certo e com o revestimento metálico. Não se esqueça de ligar por dentro as partes metálicas (ponte, etc) num fio e este no terminal terra do jack de saida. Esse é o ponto central de terra do instrumento. O amplificador também deve estar aterrado, ligado numa tomada com terra por um cabo com plug de três pinos.

Se você seguiu todos os passos desse tópico, é bem provável que você esteja lívre daqueles "hums" que incomodam pra caramba, se mesmo assim ainda não resolveu seu problema, leve o instrumento a um luthier de sua confiança para que possa avaliar melhor e encontrar a solução ok? Ainda tem dúvidas? Pergunte... Gostou do post? Então comente...

Um abraço e até a próxima...